Diário de Pernambuco | "Qualquer artista gostaria de trabalhar com Alceu Valença", diz Victor, da dupla com Leo

Em entrevista ao Viver, Victor Chaves revelou desejo de trabalhar com o cantor e compositor pernambucano



"Somos irmãos musicais, fraternais e biológicos." Com esse comentário, Victor Chaves resume a relação com o irmão, Leo, com quem faz dupla sertaneja há 23 anos. A mesma união que originou os sucessos Borboletas, Fada e Vida boa serviu como pano de fundo para o novo trabalho dos artistas, o CD e DVD Irmãos. Lançado no dia 10 de junho, o material conta com 21 músicas, entre inéditas e os mais recentes hits Tudo com você e Na linha do tempo. 
Com participação de Henrique & Juliano (10 minutos longe de você), Wesley Safadão (Escuridão iluminada), Banda Malta (Anjo ou fera) e Milionário & José Rico (Estrada vermelha), o projeto é o primeiro de Victor e Leo em formato intimista. Irmãos foi gravado em São Paulo, com um público de 2000 pessoas escolhidas através de um sorteio no site dos artistas. Além dos nomes conhecidos, a dupla gravou canções com Victor Freitas & Felipe (Vai me perdoando) e a cantora paulistana Lucyana (Sem limites pra sonhar e Nossa trilha). Em entrevista ao Viver, Victor falou sobre planos de trabalho com Alceu Valença, a parceria com José Rico, que faleceu em março deste ano, e a relação com Leo.


ENTREVISTA >> Victor Chaves


"Se fôssemos fazer música sobre baladas e bebedeira, faríamos do nosso jeito"

O que Irmãos representa para vocês?
Irmãos representa tudo. Somos irmãos em todas as categorias. Somos irmãos musicais, fraternais e biológicos. Esse trabalho representa nossos 23 anos de carreira e nossa irmandade. Uma coisa é ter um sócio e outra é ser irmão. Acho que sabemos equilibrar bem, até porque já são 23 anos assim.

Irmãos conta com a participação de artistas de estilos diversos, como o nordestino Wesley Safadão. Qual o motivo dessas escolhas?
Motivos diversos. No caso de Wesley, José Rico & Milionário e Malta, esses nomes fizeram parte do programa Sai do chão, que tinha a ideia de promover a diversidade. Tivemos como convidados Wesley, que é um fenômeno no Nordeste, Malta, que é um sucesso do pop rock, os ícones Milionário & José Rico e a dupla Jorge & Mateus. Escolhemos eles para atender a diversidade do programa. Um dia, nos bastidores, estávamos batendo um papo e falamos do DVD e eles aceitaram. Partiu de uma ideia do momento. No caso de Henrique & Juliano, pensamos "vamos chamar alguém novo".

Um dos convidados é o cantor José Rico, da dupla com Milionário, morto no início do ano. Qual a importância dele para a música brasileira?
José Rico é um ícone. Ouço desde que nasci e meu pai ouvia desde que era jovem. Antes do DVD, já tínhamos vontade de gravar com eles. Foi muito emocionante quando gravamos, principalmente depois que José Rico se foi. Foi a última gravação dele, então para a gente é uma fato histórico.

Por que gravar em um ambiente mais intimista?
Como os outros DVDs foram gravados em lugares abertos, pensamos em fazer algo diferente.

O nome Irmãos sugere que o trabalho representa a identidade de vocês e o resultado de um trabalho em conjunto. Como vocês fazem para conciliar opiniões e as vontades de cada um?
Às vezes temos discussões, mas são boas discussões. Tentamos dialogar e amadurecer as ideias. Se não conseguíssemos, não teríamos 23 anos de carreira.

Os maiores sucessos da dupla não entraram em Irmãos, como Fada. Por quê?
Fada tem 10 anos desde que foi lançada. Ela e outros sucessos já entraram nos outros DVDs. Em Irmãos queríamos algo diferente, com músicas inéditas.

Vocês tiveram várias músicas em novela, a mais recente foi Tudo com você, em Alto astral. A sensação continua a mesma?
O frio na barriga passa depois de um tempo, quando se amadurece. Se estou fazendo algo por amor, não penso se agradou ou não.

O sertanejo tem se tornado conhecido como "música de balada", mas vocês não seguem essa linha. O diferencial da dupla estaria nisso?
Nosso diferencial está no fato de que fazemos tudo do nosso jeito. Buscamos sempre a originalidade. Se fôssemos fazer música sobre baladas e bebedeira, faríamos do nosso jeito.

Vocês têm alguma referência na música pernambucana?
Alceu Valença é uma referência fortíssima, acho que qualquer artista gostaria de trabalhar com ele.

Vocês planejam fazer algum trabalho com ele?
Sim, já conversamos com ele sobre isso e até colocamos Anunciação no DVD Ao vivo e em cores, pedimos autorização e ele liberou. Fazer algum trabalho com ele é um interesse que existe há algum tempo.

A que tipo de música você costuma ouvir?
Ouço de tudo: Alceu, Renato Texeira, Almir Sater, Sérgio Reis, B.B King, Scorpions... Gosto de vários estilos, por isso me considero um compositor híbrido.

Você se inspira em algum deles?
Sim, tudo que você ouve acaba influenciando seu trabalho.





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