Os irmãos mineiros Victor e Leo são considerados uma das mais importantes duplas sertanejas da nova geração, que representa a continuidade renovada, com um inconfundível estilo que mescla folk, pop, romantismo e sertanejo de raiz. No repertório, além de sucessos da carreira, como Fada, Amigo Apaixonado, Vida Boa, Tem que Ser Você, eles vão apresentar os novos hits do álbum Viva Por Mim, lançado em 2013, como Na Linha do Tempo, Guerreiro, Tudo com Você, entre outros. Confira entrevista concedida pela dupla por e-mail ao POPULAR.
Com tanta diversidade de duplas, o sertanejo atual sofre com a falta de artistas com identidade?
Leo Chaves: Sem dúvida. O capitalismo desenfreado chegou até a música, e isso faz com que muitos artistas se copiem cada vez mais, deixando de lado a arte e a personalidade musical. A música se torna cada vez mais uma indústria.
Isso é resultado de uma questão mercadológica? Quais os prejuízos para a música sertaneja caso o tema não seja repensado?
Leo Chaves: Sem dúvida é preciso repensar e tomar medidas para frear um pouco. O prejuízo é muito grande, pois faz com que o gênero perca cada vez mais o seu devido respeito, por ser uma cultura tão forte no Brasil.
Está mais fácil fazer sucesso hoje em dia do que há 20 anos? Por quê?
Victor Chaves: As dificuldades mudam. O sucesso de ser feliz fazendo o que se ama é uma coisa só e será para sempre.
Em Viva Por Mim, último disco da dupla, vocês ousaram com influências de outros estilos como o Hard Rock, R&B moderno e Soul. O sertanejo também precisa se reinventar?
Leo Chaves: Sempre houve influências de outros estilos em nossos trabalhos advindas de nossa essência musical que é muito variada. Nesse disco, isso ficou mais escancarado, e mais claro. Acho importante essa diversidade para o gênero.
Como se manter em alta com o surgimento e o desaparecimento de tantos hits atualmente?
Victor Chaves: É só cuidar do amor e do cuidado com o que se faz, por respeito a quem vai ouvir e sentir o que está sendo feito.
Goiás é considerado o berço do sertanejo. É diferente se apresentar aqui?
Victor Chaves: É especial, certamente. Aqui se entende e se exige entendimento. E é como estarmos em casa, por isso.