Entrevista de Victor e Leo a revista Quem

 Leo Lemos / Revista QUEM

Nacionalmente conhecidos como Victor e Leo, os irmãos Vitor e Leonardo Chaves Zapalá Pimentel receberam QUEM para uma conversa exclusiva em São Paulo pouco antes do lançamento do nono álbum, "Amor de Alma".

Em 2012, a dupla, que faz sucesso em todo o Brasil, completa 20 anos da carreira e comemora cinco anos de sucesso nacional. No currículo, sucessos como "Borboletas" e "Deus e Eu no Sertão", de autoria de Victor, que por três anos consecutivos ocupa a primeira posição em direitos autorais pelo ECAD.
Se muito se fala sobre a carreira de sucesso dos irmãos da cidade mineira de Ponte Nova, pouco se sabe sobre a vida pessoal da dupla. Enquanto Leo, o mais extrovertido, é casado e tem dois filhos, Victor, de ar mais sério e concentrado - embora igualmente simpático - vive cercado de rumores de que viveria um longo affair com Xuxa, fã declarada da dupla.
 Leo Lemos / Revista QUEM  
Naturalmente mais reservado, Victor  nega o romance e se preocupa em ressaltar que a apresentadora é "apenas uma amiga". Poucos dias após essa entrevista, porém, estive em um show da dupla em Uberlândia apenas para convidados.
Na mesma noite, a rainha dos Baixinhos recebia um prêmio no Rio de Janeiro e o anúncio de que sua presença estava confirmada na cidade mineira foi recebido com certa incredulidade. Faltando exatos 16 minutos para o fim do show, no entanto, a notícia se confirmou. Ao término da premiação na capital fluminense, Xuxa deixou o cansaço de lado e pegou uma avião até Uberlândia apenas para tomar uma "bronca" carinhosa de Victor.

“A senhora chegou atrasada, dona Xuxa. Se você fosse minha namorada, te dava uns tapas. Mas como não é...”, brincou. À reportagem de QUEM, Xuxa limitou-se a declarar-se uma grande fã da dupla. "Quando a gente gosta, a gente não tem cansaço. A gente tem que prestigiar", disse antes de se dirigir ao camarim dos irmãos.

Leia abaixo os melhores trechos da entrevista, em que Victor e Leo falam sobre o novo trabalho, fama e a vida longe dos palcos:
Novo trabalho 
Victor: Foram seis meses de um intenso sacrifício, mas com a intenção de passar toda a nossa natureza, tanto artística quanto visual. Em "Amor de Alma" fizemos de tudo, produzimos até a capa. Não pensamos nela para ser bonita, mas para ser natural. Isso é quase nosso dia a dia. Se a gente não trabalhasse tanto, a gente montaria muito mais, por exemplo. O trabalho retrata como estamos: livres, leves, soltos, de coração aberto, e ao mesmo tempo muito unidos, cheios de amor para dar, amor de alma. O novo álbum ressalta essa característica que já aparecia nos trabalhos anteriores, de variar os gêneros musicais.
Fama 
Victor: Pelo fato de já termos 15 anos de trabalho quando fizemos sucesso, e principalmente por não dependermos de nenhum sucesso nacional para podermos nos sentir realizados, não houve surto alarmante ou deslumbramento louco com a fama. A gente já sabia o que fazer com a nossa música quando ela se tornou conhecida nacionalmente. Queríamos passar nossa arte para as pessoas não usá-la para fazer uma grana fantástica ou ficar famoso. Isso estava longe de ser uma meta, não porque eu não acreditasse que fosse possível, mas porque isso não servia para nada. A gente vivia em bar, mas vivia muito bem.
Leo: É só nunca deixar entrar na sua cabeça que você está lá em cima. Se um dia você achar que chegou no topo, a única coisa que você pode fazer é descer. Eu sempre tive em mente evoluir, nunca deixei entrar em mim essa história de agora estar tranqüilo. Eu sou um aprendiz. Faço todos os dias os shows como se fosse o primeiro e procuro aprender com cada um deles, nunca acho que estou no topo.
 Leo Lemos / Revista QUEM
Fãs
Leo: Chegamos a cantar para dois casais sem fazer intervalo para que eles não fossem embora. O que a gente vem fazendo nesses 5 anos de sucesso, é cantar em um grande botecão. Um show para 30 ou 40 mil pessoas é um grande boteco, como aqueles do princípio.

Victor: Cada pessoa que está ali é única, vai por um motivo único, seja um casal, seja uma menina que vai para ir ao camarim, e nós respeitamos isso. Se em um boteco tem 30 pessoas, cada uma é única. Se o show tem 30 mil, cada uma é única também. A cada ano a gente cresce como ser humano, e isso é o mais importante, porque a gente não vai levar nada desse mundo.
Assédio 
Leo: Eu acho natural as pessoas terem curiosidade sobre os seus ídolos, quererem saber o que eles estão fazendo, como eles vivem fora do palco, isso é normal. Se você se dispõe a ser ídolo, cantar, ter público, então precisa aprender a lidar com isso. A gente é muito tranqüilo com isso, tratamos todos com muito carinho, falamos de nossa vida abertamente, com tranqüilidade. Obviamente a gente tem cuidado em não expor demais a família, mas também se um dia eles aparecem em uma foto, isso não é um problema.

Victor: Para mim também não é complicado porque eu não me sinto ídolo. Quando alguém me pergunta: "O que você tem a dizer para os fãs?", eu não tenho nada a dizer para os fãs, eu digo para as pessoas, não enxergo ninguém como fã. Acho prepotente dizer que são meus fãs. São pessoas que gostam do meu trabalho, como podem gostar do trabalho de outro cantor, não são "meus". Eu enxergo tudo humanamente. Não me sinto na obrigação de contar o que estou fazendo pessoalmente, eu posso até responder educadamente, mas não me sinto na obrigação. Eu prefiro achar que o que as pessoas pensam de mim é problema delas.
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Paula Fernandes 
Victor: Nunca namorei a Paula, sou amigo dela desde sempre. Acho que ela tem a vida dela, eu tenho a minha, mas não somos namorados, não. É simples, não me incomodo de falar.
Vida de solteiro 
Victor: Eu estou solteiro, não tenho namorada, e namoraria uma fã sim, já namorei algumas, inclusive. Para uma mulher me conquistar, eu só preciso gostar dela, de uma forma natural. O que precisa para duas pessoas namorarem? Que elas se gostem. No meu caso é igualzinho, e isso tem que acontecer de uma forma natural. 
Diversão
Victor: Adoro ver filmes e tenho uma paixão muito especial pelo pôquer. Também gosto de uma boa pescaria e de filmes, especialmente os que tenham mensagens positivas, épicos. Não gosto de filme de terror nem de filmes que me deixem para baixo. Ouço todo tipo de música: da música regional brasileira até folk, amo blues, gosto de 'Coldplay', e adoro coisas que me remetem as minhas primeiras referências musicais: Renato Teixeira, Almir Sater, Alceu Valença e Lulu Santos. Eu gosto do que aprendo a gostar e mal posso esperar para ouvir coisas novas.

Leo: Gosto de ficar com a família, em casa ou de praticar esporte, especialmente com cavalos. Também pratico pescaria esportiva, jogo tênis. Gosto de 'Foo Fighters', de MPB e até dos forrós da vida, independente do estilo, gosto de música que me agrada.
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