Vídeos | Confira os últimos 4 vídeos do DVD "O Cantor do Sertão"


Minha pequena
(Victor Chaves)
Part. Esp.: Leonardo

Existe na colina uma tronqueira
À sombra de uma frondosa paineira 
Pedaço do sertão abençoado 
Repouso pra qualquer olhar cansado 
De lá, o pôr do sol é uma canção 
Tocada onde se encontram céu e chão 
De lá, em cada estrela vou lembrar 
Do brilho delicado de um olhar 
Oh, pequena 
O vento já partiu pra te avisar 
Oh, pequena 
Que moro aqui sozinho a te esperar 
De nada sei que posso reclamar 
Pois nunca nada veio a me faltar 
Eu tenho um bom cavalo e plantação 
Uma casinha e o ar puro do sertão 
Mas digo que é maior minha tristeza 
Do que o próprio esplendor da natureza 
Pois o que eu mais queria me faltou 
Minha pequena, seu olhar e seu amor





Deus e eu no sertão
(Victor Chaves)

Nunca vi ninguém 
Viver tão feliz 
Como eu no sertão 
Perto de uma mata 
E de um ribeirão 
Deus e eu no sertão 
Casa simplesinha 
Rede pra dormir 
De noite, um show no céu 
Deito pra assistir 
Deus e eu no sertão 
Das horas não sei 
Mas vejo o clarão 
Lá vou eu cuidar do chão 
Trabalho cantando 
A terra é a inspiração 
Deus e eu no sertão 
Não há solidão 
Tem festa lá na vila 
Depois da missa, vou 
Ver minha menina 
De volta pra casa 
Queima a lenha no fogão 
E junto ao som da mata 
Vou eu e um violão 
Deus e eu no sertão



Vide, vida marvada
(Rolando Boldrin)

Corre um boato aqui donde eu moro 
Que as mágoas que eu choro são mar ponteada 
Que no capim mascado do meu boi 
A baba sempre foi santa e purificada 
Diz que eu rumino desde menininho 
Fraco e mirradinho a ração da estrada 
Vou mastigando o mundo e ruminando 
E assim vou tocando essa vida marvada 
É que a viola fala alto no meu peito, mano 
E toda moda é um remédio pros meus desenganos 
É que a viola fala alto no meu peito, mano 
E toda mágoa é um mistério fora desse plano 
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver 
Chega lá em casa pruma visitinha 
Que no verso e no reverso da vida inteirinha 
Há de encontrar-me num cateretê 
Tem um ditado dito como certo 
Que cavalo esperto não espanta a boiada 
E quem refuga o mundo resmungando 
Passará berrando essa vida marvada 
Cumpadi meu que inveieceu cantando 
Diz que ruminando dá pra ser feliz 
Por isso, eu vagueio ponteando 
E assim procurando minha flor-de-liz



Tudo bem
(Victor Chaves)

Minha casa fica bem ali, depois daquele mato 
Onde a noite reina absoluta 
À noite 
Meus vizinhos gostam de modernidades e boatos 
Mas a vida simples não me assusta 
A vida 
Não me sinto mais nem menos que ninguém 
Sei que posso dar apenas o melhor de mim 
Quando a gente pensa assim
Fica tudo bem 
Quando a gente pensa assim 
Tudo bem 
Minha esposa é a minha amante, amiga e namorada 
Em seu beijo, provo da magia 
Em seu beijo 
Os amores que não são amores duram quase nada 
Não diferem coisa de poesia 
Não diferem 
Vale mais o que se é que o que se tem 
Só se vive bem quando se faz o bem, no fim 
Quando a gente pensa assim 
Fica tudo bem 
Quando a gente pensa assim 
Tudo bem



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