Viva o Sucesso | Sertanejo com Leonardo e Victor & Leo - dia 3/10


Segunda, dia 5 de outubro, às 9h30:

A dupla Victor & Léo é a atração do “Viva o Sucesso”, que faz uma retrospectiva da bem-sucedida carreira dos mineiros. Na entrevista, eles contam que, depois de quinze anos de apresentações em bares, o sucesso chegou de repente. “Foi em Uberlândia, não sabíamos o que nos esperava. Estávamos acostumados com uma realidade muito diferente”, conta Léo, o caçula. O artista lembra que, ao sair do hotel para se apresentar, não acreditou que o engarrafamento fosse por causa deles. “Pensei que tivesse algum outro evento grande na cidade, um jogo de futebol. Foi aí que a ficha caiu”, descreve. Como não havia imagens da dupla espalhadas pelo estabelecimento, o público não os reconheceu na entrada. “Pegamos fila para poder fazer o show. Foi engraçado, tinha gente na nossa frente falando do Victor e do Léo sem saber que éramos nós”.


Criados em Abre Campo, Minas Gerais, os irmãos descrevem também como foi a experiência de tentar a vida na cidade grande. “Foi um desafio, já cantávamos há dez anos e tivemos que recomeçar quando chegamos em São Paulo (em 2001). Era metrô e ônibus para lá e para cá, sem conhecermos quase nada”, diz Victor. Apesar dos percalços, eles descartaram a hipótese de retornar à cidade natal, pois não buscavam sucesso, mas estabilidade. “As portas eram constantemente fechadas. Todo mundo passa por isso. Cada um tem que conquistar o direito de abrir sua própria porta”, acredita. Sobre esta fase, Léo brinca: “Já chegamos a cantar para um casal só, para ninguém ou apenas para os garçons!”.


Não demorou muito para Victor & Léo caírem no gosto do público. Em 2006, tornaram-se reconhecidos nacionalmente. Hoje, com 11 CDs e 3 DVDs lançados, a dupla reúne um repertório com canções como “Fotos”, “Tem que Ser Você”, “Fada”, “Vida Boa”, “Amigo Apaixonado” e “Borboletas”. Mas a fama deslumbrou, até demais, um dos irmãos. Léo conta como reagiu às consequências ao virar um astro. “Ela abre uma porta muito grande para ilusões, de você cair na fantasia de se achar. Saímos do interior e, de repente, tínhamos todo mundo aos nossos pés, querendo tirar foto, assediando. Você tem a chance de se achar o cara!”. Já Victor, realça que a imaturidade é a maior dificuldade no início de tudo: “As situações que acontecem são tão novas, que as pessoas simplesmente não sabem o que fazer”.


Emival Eterno Costa também é entrevistado no programa. Ele nasceu em Goianápolis e o que menos imaginava é que seria uma estrela sertaneja. Hoje, com 50 anos de vida e 30 de carreira, o cantor Leonardo revela: “Acho que está na hora de pensar em tirar o pé do acelerador e curtir mais a vida, a família. Viajar, conhecer um pouco desse mundão, que eu conheço pouco”. Ele está na estrada desde 1983, quando surgia uma das duplas de maior sucesso no cenário musical brasileiro: Leandro & Leonardo. “Me adentrei na música puxado pelo Leandro”, conta, referindo-se ao irmão e grande parceiro, que morreu em junho de 1998, vítima de câncer. “Foi muito repentino. Descobrimos a doença e em 60 dias ele faleceu. Foi um golpe duríssimo na minha vida”, lamenta Leonardo. No ano seguinte, decidiu seguir carreira solo.

E ninguém segurou os irmãos. “Com a cara e a coragem, e sem um pingo de vergonha na cara, fomos para Goiânia”, comenta sobre o início. Leandro & Leonardo conquistaram uma legião de fãs com canções que viraram hits. Ao todo, contabilizaram 25 milhões de discos vendidos. Em 1990, “Leandro & Leonardo Vol. 4” rendeu 3,1 milhões de cópias aos goianos: recorde permanente de vendas entre os álbuns sertanejos no Brasil.

“Passamos uns momentos, uns perrengues meio lascados”, lembra Leonardo ao referir-se ao começo da vida artística. Ele conta que já atrasaram aluguel, tiveram energia cortada e ficaram sem gás no momento menos adequado: “O desgraçado do bujão não acabou na hora que não podia? O arroz quase pronto...”, brinca. Sobre o sucesso, avalia que não lhe subiu à cabeça por sempre ter priorizado os melhores conselhos recebidos. “Ninguém está preparado para a fama. Mas como eu estava perto de gente simples, tarimbada, sempre me diziam como agir.”

Fonte: Canal viva

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